sexta-feira, 29 de junho de 2012

Porque sempre ele?


Por Fabio Ramos

Mario Barwuah Balotelli, ou simplesmente Balotelli, nasceu em Palermo, Itália, em 1990. Logo após o nascimento, foi abandonado pelos pais, dois imigrantes ganeses, Thomas e Rose Barwuah, e, com isso, permaneceu sob cuidados médicos até os 2 anos de idade, quando foi adotado por uma família italiana, em 1993, a família Balotelli de Concesio, na província de Brescia. Seus “novos” irmãos, Giovanni e Corrado, ajudaram os pais, Dna. Silvia Balotelli e Mario Balotelli, a cuidar de Mario e o acompanham na sua carreira de jogador tornando-se seus procuradores.


Desde os cinco anos de idade o descendente de ganeses decidiu que seria um jogador de futebol. Em Brescia começou atuando no time da sua vizinhança e logo depois foi jogar no AC Lumezzane, modesto time da cidade de Lumezzane que joga a terceira divisão italiana. Lá, logo foi promovido ao time principal, e estreou com 15 anos pela Série C em uma partida contra o Padova. Até hoje, Balotelli é o jogador mais jovem a atuar profissionalmente na Itália Dificilmente esse recorde será quebrado, pois para atuar com menos de 16 foi necessária uma autorização especial.
Com a precocidade de seu surgimento para o futebol, ficava claro que ele seria procurado por outros clubes da Europa. Quem venceu a disputa foi a Fiorentina. Mas a falta de um passaporte italiano fez com que o negócio fosse cancelado. A Internazionale não perdeu a oportunidade e trouxe Balotelli para o suas categorias de base.
Mario quase parou em Barcelona. O italiano antes de assinar com a Internazionale foi passar por um estágio na Catalunha. Por lá marcou oito gols. O negócio não deu certo, pelo fato do ITALIANO não ter passaporte ITALIANO. Isso é estranho, pois mesmo tendo na nascido na Itália e nunca tendo deixado o país, o jogador teve grandes dificuldades para conseguir a sua cidadania italiana, já que, com base nas leis italianas, Balotelli precisou esperar até os 18 anos para requerer a cidadania. No dia 13 de agosto de 2008, em uma cerimônia oficial, o prefeito de Concesio lhe entregou sua carteira de identidade italiana tornando-se, assim, cidadão italiano, o que lhe deu o direito de jogar pela seleção nacional.
No Allievi Nazionali (sub-16) da equipe de Moratti, Balotelli chegou fazendo 19 gols em 20 jogos. Ele logo foi promovido à equipe Primavera (sub-20) e marcou 8 gols em 11 partidas. A precocidade também veio ao ascender e jogar no elenco profissional. Roberto Mancini levou o garoto de 17 anos para o jogo contra o Cagliari no ultimo encontro da Serie A em 2007, onde ficou dois minutos em campo. Na equipe italiana, Balotelli atuou de 2006 a 2010, totalizando 86 jogos e 28 gols. Na temporada 2010-11, foi vendido ao Manchester City por 30 milhões de euros (R$ 70 milhões), onde já atuou em 60 partidas, marcando 27 gols.
Balotelli está jogando, pela primeira vez, uma competição com a Seleção Italiana, a Eurocopa 2012. Por muitos considerado um “garoto problema”, ele está fazendo a diferença a favor dos italianos, autor de três gols na competição, até o momento, foi o nome do jogo contra a Alemanha, válido pela semifinal do torneio, ao marcar dois belos gols.

Polêmicas de Balotelli:

- Em 20 de abril de 2010, a torcida da Inter que inicialmente apoiava Balotelli em suas primeiras temporadas no clube, passou a odiá-lo quando, após o final de um jogo contra o Barcelona, válido pelas semifinais da Liga dos Campeões da UEFA de 2009-10, Balotelli retirou a camisa da Internazionale e atirou-a ao chão após o final da partida. Pois, nesse jogo, foi opção no banco de reservas e não chegou a atuar.

- Em março de 2011, o jogador foi punido em 100 mil libras, por atirar dardos em companheiros da equipe juvenil do seu clube, Manchester City.

- Em abril de 2011, o jogador e seus amigos foram acusados de arranjar uma confusão em uma casa noturna, após o desrespeito de uma das regras: "Não tocar nas dançarinas". O jogador foi expulso da festa, mas não contente, enfrentou os seguranças, sendo que um deles, o ameaçou com uma barra de ferro. 

- No dia 16 de abril de 2011, o jogador se envolveu numa confusão durante o Dérbi de Manchester contra o United. Após o fim da partida, Balotelli dirigiu-se para o setor onde estava a torcida do Manchester United e passou a comemorar a classificação de seu time em frente a esta, em tom de provocação. O fato gerou a revolta dos jogadores da equipe.

- No dia 24 de julho de 2011, em um amistoso contra o Los Angeles Galaxy, o jogador recebeu a bola, sem marcação e, ao invés de chutar normalmente em gol, o atacante se virou de costas e bateu de calcanhar. Imediatamente, após o lance, o técnico Roberto Mancini o substituiu pelo meia Milner.

- No dia 22 de outubro de 2011, o jogador incendiou a própria casa ao tentar soltar fogos de artifício dentro de seu banheiro.

- No dia 23 de outubro de 2011, em uma vitória histórica de 6 a 1 do Manchester City, sobre o rival Manchester United, o jogador comemorou um de seus gols levantando a camisa de seu time e revelando outra em que a seguinte frase estava escrita: "Why always me?" (Por que sempre eu?), em resposta a suas polêmicas. 

- Em dezembro de 2011, Balotelli teve seu carro, um Maserati GT, apreendido em uma operação devido ao excesso de velocidade que dirigia, um dia após sua compra. 

- Ainda em dezembro de 2011, o jogador foi visto saindo de uma casa noturna na véspera de um jogo clássico contra o Chelsea. O caso irritou o técnico Roberto Mancini, que proíbe saídas de jogadores em até 48 horas de uma partida. Apesar de tudo, pessoas que viram o jogador na noite, afirmaram que este não teria ingerido bebidas alcoólicas.

- No dia 15 de dezembro de 2011, o jogador se envolveu em uma briga, durante um treino do Manchester City, com seu companheiro de clube Micah Richards. Os jogadores foram apartados pelos seus colegas de clube, Kompany e Milner.

- Durante a preparação para a Eurocopa 2012, Balotelli foi perguntado sobre seu jeito "rebelde" de ser e disse "não me sinto um rebelde, acho que sou um gênio e meu talento é divino".

- Por último, nesta atual edição da Eurocopa, onde precisou ser contido pelo zagueiro Leonardo Bonucci, durante a comemoração de um gol, contra a Irlanda. “Ele estava gritando alguma coisa em inglês, nem entendi. Coloquei a mão na boa dele porque tínhamos conversado antes da partida e eu o tinha avisado. Ele jogou uma grande partida hoje e fez um grande gol”, explicou o defensor.




Boca pode ser campeão, mas não por ter sido em 2000


por Gabriel Gebara (@gabrielgebar)

O Corinthians conseguiu arrancar um empate na Bombonera. Após estar perdendo o jogo por 1 x 0, com gol sofrido por Roncaglia, chegou à igualdade com Romarinho. Os torcedores Corintianos saíram muito animados de lá com o (bom) resultado.

Muitos estão relembrando um fato ocorrido em 2000 com o seu maior rival para dizer que os boquenses tem chances. O Palmeiras também empatou o jogo de ida na Argentina, por 2 x 2, voltou otimista, mas com nova igualdade no Brasil (0 x 0 no Morumbi), acabou perdendo o título nos pênaltis.

Não é por isso que o Boca Juniors pode sair campeão na próxima quarta-feira (04/07), dentro do Pacaembu.
Os times não são os mesmos, fazem 12 anos daquela conquista. Não se pode justificar que os argentinos possam vencer, pois fizeram isso em 2000.

Daquele time, apenas Juan Román Riquelme continua.

Time de 2000: Córdoba; Ibarra, Samuel, Bermúdez e Arruabarrena; Battaglia, Traverso, Basualdo e Riquelme; Guillermo Schelloto e Palermo.

Time de 2012: Orion; Roncaglia, Schiavi, Caruzzo, C.Rodriguez; Ledesma, Somoza, Erviti; Riquelme; Pablo Mouche e Santiago Silva.

O que um time totalmente diferente - e muito mais sensacional - fez, não pode virar afirmação de que o outro irá fazer.
Apenas a camisa gloriosa, pesada e que tem cheiro de títulos é a mesma.

Existem motivos para acreditar, evidente. Mas são outros.


O craque Riquelme é o único jogador daquela equipe campeã em 2000.


Feito na Libertadores dessa edição


Como por exemplo, nessa mesma edição de Libertadores, eles venceram o Fluminense no Engenhão na 1ª fase (mesmo os cariocas já classificados na época). Voltou a encontrar os tricolores nas 8ªs e o Boca conseguiu classificação, no Rio de Janeiro, com um empate no último minuto - o jogo estava indo para os pênaltis.

Estilo de jogo


O Boca não entra no Pacaembu sem o placar. O Corinthians precisará impor seu ritmo.
Duas equipes com estilos semelhantes, que não usão dessa prática de ter o ímpeto do jogo. Como será que os brasileiros irão em busca do resultado?



Os argentinos sabem jogar assim. São perigosos. Não mudam sua forma de atuar, mesmo fora de casa. Jogam da mesma forma, e poderá ter um contragolpe venenoso.


Os Xeneizes tem suas chances, que não é por ter sido campeão em 2000. Embora este que vos escreve acredite que o campeão será o Corinthians.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Quebrando barreiras

Marcos Ribolli / Globoesporte.com
Por Alisson Matos


É a quarta semana consecutiva que escrevo aqui sobre o Corinthians e, já adianto, terá uma próxima. Mas como não falar do último campeão brasileiro que, ao estilo Tite até a medula, tem tudo para conquistar, pela primeira vez, a América?

Sim, pois das vexatórias e trágicas eliminações alvinegras em Libertadores anteriores só restaram as lembranças e a experiência, pois em 2012, pelo que parece, será diferente.

A começar pela equipe ter obtido um equilíbrio que beira a raridade e ter feito uma primeira fase para lá de tranquila no torneio continental. O pesadelo de voltar para casa mais cedo foi vencido a cada etapa. E os deuses do futebol se encarregaram de colocar o Vasco, Santos e, agora, o Boca à frente do Timão para que, se for campeão, o título seja inquestionável.

Nada que mancharia ou não fosse dada a real relevância necessária à conquista inédita, mas em um país como o Brasil em que, além de vencer, tem que convencer, a taça da Libertadores para o mais que centenário Corinthians não será mero detalhe.

Quarta-feira que vem os 90 minutos que separam o bando de loucos de um sonho que tem tudo para ser realizado. A fiel a dois passos do paraíso e os jogadores prestes a cravar os seus nomes na eternidade. Feito para poucos.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Emoção marca despedida de Kardec da Vila

Por Douglas Araújo
@Douglas_Araujo



Meus amigos o Santos FC certamente espera por dias melhores e após ser eliminado pelo maior rival Corinthians e dar adeus ao sonho da 4º conquista Continental restava a Muricy e seus comandados passarem pelo Coxa no último domingo.

Como a muito tempo não se via o alvinegro deixou o gramado embaixo de varias dos pouco mais de 5.000 presentes ao estádio mas pior que o 4º empate da equipe foi de despedir do atacante Alan Kardec que está retornando ao futebol português. Este repórter falou com o ex-santista na beira do gramado logo após o apito final da partida e o jovem atacante fez um balanço geral sobre sua curta mas vitoriosa passagem pelo Peixe.
“Sabemos que o futebol é assim, tenho que cumprir meus compromissos, mas fica a saudade dos companheiros de clube que sempre me trataram com muito respeito, todos os funcionários do Santos e muita coisa ainda pode acontecer” disse o ainda com idade olímpica jogador. Neste momento foi perceptível o nó na garganta do mesmo, um desabafo que por pouco não levou ele as lágrimas no microfone da Tri FM.
A nação santista levou duros golpes na última semana, e certamente Kardec fará muita falta ao Peixe, um exemplo de caráter, profissionalismo e de entrega que em tão pouco tempo conquistou a todos, nós desejamos sorte e quem sabe um até breve.
Foto: Arquivo Pessoal 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Arena Barueri será o palco da final da Copa do Brasil. Decisão acertada?

por Marcel Alonso

Felipão pediu Morumbi. O presidente da CBF, José Maria Marin, também queria o estádio do São Paulo. A torcida, em sua maioria, só não queria a Arena Barueri, mas prevaleceu a vontade dos jogadores, encabeçada pelo capitão Marcos Assunção, e a primeira final da Copa do Brasil, será mesmo na Arena, onde o Palmeiras conseguiu eliminar Paraná, Atlético-PR e Grêmio.

Nas redes sociais, nas ruas, nas padarias, nas escolas e em qualquer lugar que discuta futebol, a opção pela Arena Barueri fez chover críticas contra a diretoria do Palmeiras. Desta vez, vou discordar e parabenizar os cartolas do Verdão.

O estádio que tem capacidade para 30 mil pessoas, metade do público e da renda que os paulistas iriam faturar com o jogo no Morumbi. O acesso pela Rodovia Castello Branco é muito complicado, na semifinal contra o Grêmio, muitos, mas muitos torcedores sofreram e acabaram ficando de fora do grande jogo que levou o Palmeiras à final da competição depois de 14 anos.

Todos os fatores apontam que a decisão deveria ser no Morumbi, mas o critério no Verdão foi que os atletas decidissem pelo palco da final contra o Coritiba. A torcida vai sofrer novamente, muita gente vai ficar de fora, mas se fosse no Morumbi, "só" caberiam cerca de 60 mil e muitos também ficariam de fora. Quem joga, quem conhece o gramado, os atalhos e o calor da torcida, são os próprios jogadores, são eles que realmente sentem a diferença entre um local e outro.

Portanto, sempre criticamos Arnaldo Tirone e sua cúpula, mas já imaginaram se a partida fosse para o Morumbi e os jogadores não ficassem satisfeitos? A diretoria ouviu várias partes e agiu com democracia, deixando de lado interesses financeiros e possível agrado futuro da CBF, que claramente queria o Morumbi, em claro "carinho" ao presidente Marin.

Quando o Santos escolheu a Vila (apenas 15 mil) na semifinal da Taça Libertadores, muitos aplaudiram e abençoaram. Então, parabéns aos cartolas verdes e que vença o melhor, sem interferência alguma.


O Pódio de 10 Títulos

Por: Daniel Moraes


Raikkonen 2º, Alonso 1º e Schumacher o 3º 
Outros macacões, outras equipes, mas os mesmos pilotos, só que 7 anos mais velhos. Assim foi o resultado do GP da Europa neste fim de semana em Valência na Espanha. O espanhol Fernando Alonso venceu o Grande Prêmio e foi o primeiro piloto a conquistar duas vitórias no ano. 


O piloto da Ferrari largou em 11º lugar na oitava etapa, mas fez grandes ultrapassagens e contou com a (sorte) quebra do pole position Sebastian Vettel para chegar à 29ª vitória da carreira. Completaram o pódio o finlandês Kimi Raikkonen, da Lotus, e o alemão Michael Schumacher, da Mercedes - com os campeonatos dos três, o pódio somou dez títulos. Este feito se repetiu no passado, no circuito Francês de Magny-Cours em 2005.

 

Schumacher subiu ao pódio pela primeira vez desde que retornou à F1, em 2010. Afastado das corridas em 2007, 2008 e 2009, o heptacampeão havia chegado entre os três primeiros pela última vez no Grande Prêmio da China, em 2006, quando venceu a prova. 

Com a conquista de ontem, Alonso lidera o mundial com 111 pontos, 20 à frente do australiano Mark Webber, da Red Bull, que chegou em 4º em Valência e foi a 91. 

Lewis Hamilton, da McLaren, se envolveu em um acidente com o venezuelano Pastor Maldonado, da Williams, na penúltima volta, quando era o terceiro colocado, e abandonou a corrida. O inglês tem 88 pontos na tabela e é o 3º colocado. 

O brasileiro Felipe Massa também não teve boa sorte no GP da Europa: foi atingido pelo japonês Kamui Kobayashi em disputa de posições. Massa teve o pneu furado e terminou em 16º. 



Já Bruno Senna, da Williams, que também se envolveu em acidente com Kobayashi, chegou em 11º. Porém, o 10º colocado e seu companheiro de equipe, Pastor Maldonado, foi punido pelo toque em Hamilton e perdeu a posição. Senna herdou a colocação e um ponto para a classificação do mundial.



Outro assunto que foi muito comentado neste fim de semana, foi a declaração de Sebastian Vettel. O Alemão da RBR declarou em uma entrevista que o Melhor piloto da Atualidade é Fernando Alonso. E Alonso tem mostrado realmente ser o melhor e mais constante da temporada, com um carro não tão bom assim.

A próxima corrida será no dia 08 de Julho com o GP da Inglaterra. Portanto, Silverstone aí vamos nós!!!

O peso dos desfalques de Palmeiras e Coritiba para a final

por Gabriel Gebara (@gabrielgebar)


Palmeiras e Coritiba fazem na Arena Barueri o 1º jogo da final da Copa KIA do Brasil. Para esse confronto, do dia 05/07, os times terão desfalques importantes.

Pelo lado do Coritiba, o volante Sérgio Manoel, suspenso com o 3º amarelo. Perca significativa para a montagem, além de ter encaixado no time, contra o São Paulo nas semi-finais, jogando fora de casa, Marcelo Oliveira adotou um estilo mais marcador, com 3 volantes. Gil atuou pelo lado direito, em um 4-2-3-1 torto.
Se o comandante coxa-branca quiser usar dessa mesma estratégia, além da automática entrada de Gil, acabaria entrando Junior Urso. E com isso a qualidade diminui.

Ou então, a melhor alternativa, é a entrada de Tcheco como volante. Assim ele consegue fazer o mesmo 4-2-3-1 torto com Gil pela direita. Porém com menos pegada, como teve contra o São Paulo.

Chico, outra opção de volante, como já jogou pelo Palmeiras não pode atuar na competição.

Jogando em casa, o Coritiba usou um 4-2-3-1 mais bem definido e ofensivo. Com Roberto e Rafinha pelos lados.
Fica a dúvida quanto às possíveis estratégias que possam ser utilizadas pelos paranaenses nesse primeiro duelo.


Sergio Manoel chegou no meio do ano, vindo do Mirassol, e assumiu a vaga de titular no meio campo do Coritiba

Por outro lado o Palmeiras também tem um desfalque importantíssimo. O zagueiro-volante Henrique, revelado no rival da final Coritiba. É uma perca maior.
O camisa 3 na condição de volante acertou o time. Além de ser um dos melhores jogadores do Verdão. Com Márcio Araujo e Marcos Assunção a defesa fica um pouco mais desprotegida.

Henrique foi expulso diante do Grêmio, injustamente, após sofrer agressão de Edílson


O Palmeiras tentou, sem sucesso, uma liminar para contar com o jogador nessa partida.


Lembrando que Henrique estava pendurado. Poderia tomar um cartão amarelo e não jogar o 2º jogo. Então, ao menos, é presença certa para a finalíssima no Couto Pereira - onde o Palmeiras precisará muito mais de marcação.
Mas fará falta na ida. O ideal era ter seu vice-capitão nas duas partidas.

Clássicos nas Semifinais da Euro

Por Anderson Marinho


O mundo conheceu nesse final de semana os quatro semifinalistas da 14ª edição da Eurocopa, o torneio de seleções do velho continente, disputado na Polônia e na Ucrânia.
Alemanha, Espanha, Itália e Portugal seguem vivos na luta pelo título, e começam a decidir as vagas na grande final na próxima quarta-feira.

No primeiro duelo Portugal, comandado por Cristiano Ronaldo, vai enfrentar a Espanha, atual campeã mundial e favorita ao título, no Donbass Arena, em Donetsk na Ucrânia. O clássico da península Ibérica marcará o reencontro dos rivais que duelaram nas oitavas de final da última Copa do Mundo na África do Sul.  Na ocasião, a Fúria jogou melhor e superou os lusos por 1 x 0, avançando às quartas de final e mandando Cristiano Ronaldo e companhia mais cedo para casa.
A revanche deve ter um clima parecido, já que Cristiano Ronaldo segue sendo a esperança portuguesa, em uma seleção dependente, o craque é quem pode desequilibrar e levar os lusos de volta à decisão após 8 anos. CR7 sonho com o título para poder almejar também a Bola de Ouro no final do ano, mas não terá vida fácil.
A Espanha que joga o futebol mais chato do mundo, como diria o jornalista Antero Greco, vai encarar os rivais apostando no coletivo, como vem fazendo desde o inicio da competição, e não deve dar espaços para o capitão português. Por outro lado, os espanhóis têm a competência de impor o seu ritmo de jogo envolvente e encontrar os espaços onde os adversários menos esperam para definir o resultado, como fizeram contra a França, mesmo sem empolgar.  
No segundo confronto a Alemanha, terceira colocada na última Copa do Mundo, vai enfrentar a Itália, rival tradicional, na quinta-feira, no estádio Nacional, em Varsóvia na Polônia.
Os alemães vêm jogando o melhor futebol do torneio até aqui, com um grupo forte e cheio de opções, a equipe do técnico Joachim Löw chega como favorita no duelo contra os italianos, e se tudo ocorrer dentro da normalidade deve estar em campo na grande final.
Já a “Squadra Azzurra” provou mais uma vez o seu poder de superação, chegando às semifinais do Euro, mesmo com um time abaixo de sua tradição. A equipe se classificou após um confronto duríssimo, decidido nos pênaltis, contra a Inglaterra pelas quartas de final. Desgastada, a Itália deve apostar na forte marcação para tentar surpreender o adversário e avançar às finais.

Cristiano Ronaldo e a grande esperança de Portugal na luta pelo titulo inédito. Foto: Reuters

A Eurocopa 2012 está empolgante e entra na sua reta final com promessa de grandes jogos, envolvendo rivais tradicionais, na disputa do título. Espanha e Alemanha são favoritas, mas a individualidade de Cristiano Ronaldo e o forte poder de marcação italiano podem mudar os rumos dessa edição.  Até o próximo domingo a emoção está garantida para o amante de futebol que vem acompanhando a Euro.  

sábado, 23 de junho de 2012

Muito prazer, Boca Juniors

Por Fabio Ramos

No dia 3 de abril, de 1905, cinco adolescentes, filhos de italianos, estavam prestes a criar um dos mais vitoriosos clubes de futebol do mundo. Vizinhos ao bairro de trabalhadores imigrantes, “La Boca”, Esteban Baglietto, Alfredo Scarpatti, Santiago Sana e os irmãos Juan e Teodoro Farenga, reuniram-se para analisar a proposta, feita pelos três primeiros e logo aderida pelos irmãos Farenga, de se criar um clube de futebol. Enfim, nasci.
Durante o período pré-profissional do Campeonato Argentino, eu conquistei sete títulos. Após minha profissionalização, em 1930, passei por alguns altos e baixos. Se nos anos 40, conquistei meu segundo bicampeonato na era profissional, nos anos 50, foi apenas um título, em 1954. Porém, na década de 60, a mais vitoriosa da minha história em termos nacionais, ganhei os campeonatos de 1962, 1964, 1965 e 1969, ano em que venci também a Copa Argentina. Nos anos 70, comecei a escrever minha história internacional no futebol.


Após conquistar os título nacionais em 1970 e 1976, venci a Libertadores por duas oportunidades. A primeira, em 1977, derrotando o Cruzeiro na final, que só foi decidida nos pênaltis, após empate por 0 a 0 no terceiro jogo. Já em 1978, entrei na competição na segunda fase, devido ao título no ano anterior, e na final derrotei o Deportivo Cali, após empate sem gols na Colômbia, por 4 a 0 na Argentina. Depois de um longo jejum, em 2000, consegui levantar novamente o caneco da Libertadores, dessa vez em cima do Palmeiras, que havia sido campeão no ano anterior, mais uma vez nos pênaltis, após empatar por 2 a 2 na Argentina e sem gols no Brasil. No ano seguinte, conquistei o bicampeonato, em cima do clube mexicano Cruz Azul, novamente nos pênaltis, depois de vencer por 1 a 0 fora de casa e ser derrotado em plena “La Bombonera” pelo mesmo placar. Em 2003, consegui me vingar da equipe de Pelé e voltei a ganhar a competição, dessa vez sem sufoco, em cima do Santos, agora de Robinho, vencendo na Argentina por 2 a 0 e no Brasil por 3 a 1. Por fim, meu sexto e último título da competição continental foi em 2007 diante do Grêmio, onde venci nos dois jogos (3 a 0 na Argentina e 2 a 0 no Brasil).
Com o vice-campeonato em 2002, deixei escapar a chance de igualar o recorde do, também argentino, Independiente, que conquistou um tetracampeonato seguido (1972 a 1975) e é o maior vencedor da Taça Libertadores da América, com sete títulos, um a mais que eu. Na verdade, o Independiente soube aproveitar muito bem um elenco forte, em uma época onde os times brasileiros, por exemplo, não davam a mesma importância para a competição. O meu mérito foi similar, mas com uma diferença, quando virei o “papa-títulos” da Libertadores, o torneio já havia se transformado na obsessão dos brasileiros, muito em virtude da projeção que o São Paulo, bicampeão em 1992 e 1993, voltou a dar ao torneio pelo Brasil. Pela décima vez na minha história, igualando a marca recorde do Peñarol (URU), estou na decisão da Libertadores e serei adversário do Corinthians, que chega à final pela primeira vez em sua história.
O retrospecto do Corinthians quando me enfrenta não é nem um pouco animador. Em quatro partidas disputadas entre nós, o time de Parque São Jorge jamais venceu. Foram duas vitórias a meu favor, ambas na Argentina, e dois empates, em São Paulo. Os primeiros encontros aconteceram justamente pela Libertadores, nas oitavas de final de 1991. Na qual venci em casa por 3 a 1 e empatei no Pacaembu por 1 a 1.
Atualmente, sou o maior vencedor de títulos internacionais oficiais de todo o mundo, com 18 conquistas, empatado com o Milan, da Itália, que também tem 18 triunfos internacionais. Em campeonatos argentinos, sou o segundo maior vencedor, com 26 conquistas, seis a menos que meu grande rival, River Plate. Sou a equipe mais popular da Argentina, amada por 40% dos 35 milhões de argentinos. Além disso, já eliminei equipes brasileiras em competições sul-americanas em 13 oportunidades, Cruzeiro (1977, 92 e 2008), Atlético-MG (1993), Corinthians (1991), Flamengo (1991), São Paulo (1993 e 2006), Palmeiras (2000 e 2001), Vasco (2001), Paysandu (2003), Santos (2003), São Caetano (2004), Inter (2004 e 2005), Grêmio (2007) e Fluminense (2012), e só perdi uma, para o Santos de Pelé, na final de 1963.
Para quem não me conhecia, cá estou eu, o adversário do Corinthians na final da Libertadores 2012. Muito prazer, Boca Juniors.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Corinthians contra tudo e todos


Leandro Moraes/UOL

Por Alisson Matos

O que se viu ontem num Pacaembu encantado como sempre e emocionante como nunca foi o time mais equilibrado do país sair classificado contra o escrete considerado o melhor. E não há insano capaz de dizer que não chegou a hora.

O nunca ter passado das semifinais do torneio sul-americano reservou toques de crueldade à fiel que parecia participar de um espetáculo daqueles em que a sinergia não poupa ninguém, independente da camisa que se veste ou do time que se ama.

Os prelúdios do dia já noticiavam que a cidade teria uma noite especial e a ansiedade fazia a maior cidade do país pulsar no ritmo dos corações alvinegros que vaticinam um jogo que faria jus à eternidade.

Na partida, como era esperado, a respiração de quem a assistia era ofegante. Apaixonados e contrários uniram-se para presenciar um duelo que entraria para a história. Os corintianos iam além, queriam eles mesmos levar a sua maior paixão a uma final em que nunca chegou. E faziam festa linda incapazes até de silenciar no gol feito por Neymar.

O Santos parecia imune à pressão das arquibancadas, jogando ao irritante estilo Muricy, pragmático, que só acordou de vez quando o estádio explodiu com o gol de empate de Danilo.

Era justo e, desta vez, era Corinthians, que carrega com ele uma antipatia por parte dos torcedores de todas as outras equipes do Brasil que não dá para se explicar. O time que, neste ano, é longe de ser brilhante, mas encanta a fiel torcida a cada resultado positivo alcançado.

Uma equipe capaz de tirar lágrimas dos apaixonados. Capaz de chegar à inédita final. Capaz de emocionar até quem não é corintiano.

Que venha o Boca ou a La.U para, como escreveu um gênio, um embate que parece ser o de um time contra o mundo.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Façam valer a pena

Por Douglas Araújo
@Douglas_Araujo


Mais uma rodada do Brasileirão, mais uma derrota nas bagagens de Santos e Corinthians. Com os dois principais clubes brasileiros na atualidade figurando a zona da degola o duelo desta quarta feira pela Libertadores valerá bem mais do que chegar a tão sonhada final, um fato já conhecedor do lado praiano e inédito para os alvinegros da Capital, valerá cada tropeço, justificará cada desdém ao torneio nacional bancado até aqui, servirá para manter vivo um sonho que não se garante de forma alguma se a passagem a próxima fase se confirmar afinal o temido e copeiro Boca já deu mostras que dificilmente perderá a outra vaga.

Lá se vão 5 rodadas, 3 pontos conquistados pelo time de Muricy, uma derrota amarga na ultima quarta feira, o lado psicológico abalado e pela frente o emergente Corinthians de Tite, sim de Tite sim afinal qual outro nome conseguiria ter um time competitivo com laterais tão limitados como Alessandro e Fábio Santos, mas que se compensa com a raça de Ralf no meio e o talento do incansável Paulinho, este mesmo Corinthians que em terras tupiniquins só registrou um ponto.

A quarta feira certamente vai demorar para chegar as duas torcidas, o tempo para o debutante mosqueteiro certamente será triplicado, afinal o time entra já classificado e cabe a ele dosar as investidas e cuidar mais uma vez bem da retaguarda, coisa que o faz como poucos. Aos artistas das belas praias santistas a difícil missão de vencer o Corinthians e a desconfiança em si próprio, que façam valer a pena.
Foto:Band/Lancepress


domingo, 17 de junho de 2012

CR7 brilha e leva Portugal às Quartas de final

Por Anderson Marinho
Em uma exibição de gala, com direito a dois gols e jogadas brilhantes, Cristiano Ronaldo comandou a seleção portuguesa na vitória de virada por 2 x 1 sobre a Holanda, que garantiu a classificação dos lusos para a próxima fase da Eurocopa 2012.
Cristiano Ronaldo comemora o gol de empate contra a Holanda. Foto: Getty Imagens

O grupo B, conhecido como “grupo da morte”, chegou à ultima rodada indefinido, com todos os integrantes tendo chances de classificação, e foi vibrante até o último instante.
Em Lviv, na Ucrânia, a Alemanha venceu a Dinamarca e garantiu os 100% de aproveitamento, chegando aos 9 pontos e terminando em primeiro lugar no grupo. O jogo porém, não foi dos mais fáceis, o time do treinador Joachim Löw saiu na frente aos 18 minutos da etapa inicial com um gol de Podolski, mas Krohn-Dehli empatou o jogo para os dinamarqueses aos 23 minutos e tornou dramática a classificação. Até os 33 do segundo tempo a Dinamarca pressionava os alemães em busca de um gol que lhe daria a classificação e mandaria os rivais para casa, graças ao resultado parcial de Portugal x Holanda, no entanto aos 34 minutos, em um contra-ataque, Bender recebeu sozinho na área e garantiu a classificação dos germânicos.
Podolski comemrora o primeiro gol da Alemanha contra a Dinamarca. Foto: Reuters
Em quanto isso em Carcóvia, Portugal x Holanda fizeram um dos melhores jogos do torneio.
A Holanda precisava vencer por mais de dois gols de diferença e ainda torcer por uma vitória da Alemanha contra a Dinamarca, para se classificar, e saiu na frente, com um golaço de Van der Vart batendo de fora da área, aos 10 minutos do primeiro tempo.
Entretanto, a noite era de outro craque, Cristiano Ronaldo teve a sua melhor atuação na Euro, uma das suas melhores com a camisa da seleção, e garantiu a vitória de virada que decretou a classificação de Portugal para enfrentar a República Tcheca nas quartas de final.
O primeiro gol do capitão português foi aos 27 minutos do primeiro tempo, após lançamento de João Pereira, o craque dominou e tocou na saída do goleiro Stekelenburg para deixar tudo igual.
Aos 32 minutos , CR7 arriscou um belo chute da intermediária e obrigou o goleiro holandês a fazer uma defesa espetacular.
No segundo tempo os vice campeões mundiais até tentaram retomar as ações, em busca da vitória, mas o craque lusitano estava impossível. Aos 26 minutos, ele avançou em contra-ataque, invadiu a área e tocou para Nani, que bateu de primeira para mais uma linda defesa de Stekelenburg.
Aos 29 minutos Cristiano Ronaldo mostrou toda sua categoria e frieza para marcar o gol que deu a classificação aos portugueses. O craque iniciou a jogada pelo meio, abriu o jogo para a direita, avançou pela esquerda e recebeu um passe após inversão de bola de Nani, dominando com o pé esquerdo ele trouxe para a perna direita, driblou o zagueiro, levantou a cabeça e bateu de chapa, no canto de Stekelenburg, um golaço!
CR7 comemora o gol da classificação, em uma de suas melhores exibições com a camisa de Portugal. Foto: Reuters

Não satisfeito, aos 44 minutos, Cristiano Ronaldo partiu em velocidade, driblou um defensor holandês e chutou de fora da área, a bola explodiu na trave, quase o terceiro gol do craque.
O torcedor português comemora a classificação e fica na expectativa após a atuação brilhante do seu principal jogador, que demonstrou do que é capaz, e passa a almejar o titulo da Eurocopa 2012.
A Holanda, vice campeã do mundo, volta pra casa sem conquistar nenhum ponto, com a sua pior campanha na história da competição.

sábado, 16 de junho de 2012

A barbárie do hooliganismo no mundo futebolístico

Por Fabio Ramos

A violência nos estádios têm se tornado, cada vez mais, constantes. Um local que antes era de lazer, para se ir com a família, curtir um simples e apaixonante esporte, está sendo transformado em um cenário de batalhas campais entre hooligans. O maior prejudicado com isso é, sem dúvida, o próprio futebol. 

Esse tema parecia esquecido, mas durante a UEFA Euro 2012, reapareceu, em mais um episódio lamentável, em que, horas antes da partida entre Polônia e Rússia, um confronto entre torcedores deixou mais de 20 feridos. O hooliganismo, na Europa, não é novo. Em 1880 já se observavam alguns casos de violência ocasionados por multidões em jogos de futebol. 

“O que temos a ver com o hooligan? Quem ou o que é responsável por seu crescimento? Toda semana, algum incidente deixa claro que determinadas zonas de Londres são mais perigosas para o transeunte pacífico do que (...) clássicos refúgios de bandoleiros. Todo dia, em algum tribunal, são narrados detalhes de atos de brutalidade, cujas vítimas são homens e mulheres inocentes. (...) Não há como não olhar sem inquietação, contudo, para a insistente recorrência de explosões de violência por parte de marginais. (...) Nossos hooligans vão de mal a pior. (...) Não obstante, o hooligan constitui uma odiosa excrescência de nossa civilização”.

Trecho do jornal The Times, do dia 30 de outubro de 1890


O termo hooliganismo, que designa a violência organizada e premeditada nos espetáculos desportivos, surgiu nos anos 1950 na Grã-Bretanha. Os hooligans são grupos, predominantemente de jovens, sem organização explícita, onde a participação é determinada pela sua vulnerabilidade social, procurando compensar a sua baixa perspectiva social por meio de excitação e identificação.

A violência no futebol pode ser entendida como uma intervenção social simbólica dos jovens na tentativa de desenvolverem a sua identidade diferencial, tal como o aparecimento de vários grupos, na Inglaterra, como o “Teddy Boys”, “Mods”, “Skinheads”. Já em Portugal, o fenômeno das torcidas organizadas surgiu no final da década de 1970.

A juventude oriunda da classe operária que submetida à pressão da sociedade de consumo a qual não pode responder por falta de meios e de perspectivas futuras, constrói a sua própria "subcultura" em que a masculinidade e a dureza vão acompanhando a luta e a violência, constituem meios de afirmação do indivíduo e do grupo, o que podemos caracterizar como fazendo parte do aspecto dessa subcultura da juventude, entendido como produtos de forças estruturais: classe social, trabalho, desemprego, raça e gênero. O hooliganismo era o resultado do colapso geral da autoridade britânica e da ineficácia das diferentes instituições socializadoras, Família, Escola, Igreja.


O futebol pode proporcionar ao torcedor a única área em que sentem que sua participação é eficaz: hoje eles vaiam e amanhã o técnico é dispensado. Os torcedores não são espectadores passivos, influenciam o resultado das partidas e a administração de seus clubes, os torcedores brasileiros acham que pagam aos jogadores do seu próprio bolso, com seu dinheiro escasso e tão arduamente conquistado. Essas torcidas formam grupos, cobram mensalidades, vendem camisas, chaveiros, flâmulas e tudo que puderem fazer dinheiro, virou também um comércio e, como todo comércio, para ser rentável precisa de uma propaganda positiva.
               
No Brasil, não é muito diferente. A “única” mudança é que, aqui, os torcedores são chamados de “organizados” e não de “hooligans”. Um dos grandes objetivos das torcidas uniformizadas é ser respeitada. As torcidas usam slogans que incitam a violência. A Torcida Jovem do Flamengo, por exemplo, denomina-se "O Exército Rubro-Negro" e tem um tanque de guerra como símbolo. A Força Jovem do Vasco formou suas Famílias, buscando inspiração na velha máfia italiana. Existem outras, como: Núcleos de Young Flu (Fluminense), Esquadrões da Jovem do Botafogo e Comandos da Raça Rubro-Negra (Flamengo).  A declaração feita por Marco Fábio Freitas, vice-presidente da Independente do São Paulo, demonstra o espírito atual da torcidas organizadas: "Com torcidas, não tem aquele negócio de discutir para depois brigar. Encontrou o inimigo, é porrada".

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Decisivo como visitante, Barcos busca gols em São Paulo



por MARCEL ALONSO

     Assim que desembarcou no Palmeiras, no início da temporada, o argentino Barcos resolveu deixar a modéstia de lado e prometeu quer marcaria 27 gols  com a camisa 9 do Verdão. O gol de cabeça na vitória  de 2 a 0 sobre o Grêmio, no Olímpico, foi o 13o (veja lista abaixo) com a camisa palmeirense.

Segundo sua projeção, o Pirata precisa de mais 14, cerca de 50% da meta estipulada. Conhecido pela personalidade forte e o conhecido espírito brigador de todo argentino, o centroavante palmeirense luta para melhorar a marca de gols, quando o Palmeiras atua na capital paulista.

Dos 13 gols marcados até agora, apenas um foi feito no Pacaembu e nenhum na Arena Barueri. Curiosamente o primeiro gol do atacante foi logo em sua estreia, na goleada sobre o Ituano por 3 a 0, no Paulo Machado de Carvalho. Atuando como mandante, Barcos fez mais três gols (dois no classico contra o São Paulo, em Presidente Prudente) e outro em Jundiaí (contra o Coruripe, pela Copa do Brasil).

Os outros 10 gols foram feitos longe do calor da torcida que canta e vibra, que mais uma vez viu Barcos ser decisivo fora de casa. Contra um Grêmio, até então 100% na competição e que não perdia um jogo pela competição nacional há sete anos, o centroavante do Verdão brigou, lutou e foi premiado com um gol típico de matador, de cabeça, testando para o chão e matando qualquer chance de defesa do ex-selecionável goleiro Victor.

Na semana passada, o argentino já tinha feito um belo gol na derrota para o Sport por 2 a 1. Barcos é destro, mas vem se destacando com a força e a habilidade que demonstra na perna esquerda. Na Ilha do Retiro, o gol foi com a canhota, assim como um dos gols anotados no primeiro clássico do Pirata, contra o São Paulo, em fevereiro, válido pelo Paulistão.

Os proximos dois jogos do alviverde serão na Arena Barueri, contra o Vasco, domingo, pelo Brasileirão, e na quinta-feira, no jogo de volta contra o Grêmio, pela Copa do Brasil, Barcos tem a chance de se aproximar dos sonhados 27 gols e ir comemorar com a torcida, desta vez em casa.

Gols de Barcos:

Ituano (Pacaembu)
Guaratinguetá (Guaratinguetá)
São Paulo (2-P.Prudente)
Linense (Lins)
Botafogo-SP (2-Ribeirão Preto)
Coruripe (2-Jundiaí e Alagoas)
Guarani (Campinas)
Atlético-PR (Durival de Britto)
Sport (Ilha do Retiro)
Grêmio (Olímpico)

Goleada são paulina por 1 a 0

por Gabriel Gebara (@gabrielgebar)

No Morumbi, o São Paulo recebeu o Coritiba pelo jogo de ida da Copa KIA do Brasil.

O técnico Marcelo Oliveira, com Tcheco e Lincoln entre os suplentes, armou um time mais leve, disposto a marcar, mas com mais velocidade na saída.
Emerson Leão, sem Fernandinho e com Casemiro, adotou um meia-campista - Cícero - pelo lado esquerdo e não um ponta.


Disposição tática de São Paulo x Coritiba.


O time paranaense, mais organizado, foi melhor na 1ª etapa, chegando de forma mais aguda com Roberto, pelo lado canhoto. Não sentia o peso de jogar fora de casa.


Em determinado momento da partida a entrada de um ponta - Fernandinho ou Osvaldo -, seria boa opção para o tricolor. Mas não estavam no banco. Leão errou na relação. 

As coisas melhoraram ainda mais para o campeão paranaense depois de atrapalhada de Paulo Miranda, expulso com o 2° amarelo - poderia ter ido para o chuveiro direto.
Parecia que o gol "qualificado" do Coxa sairia. Everton Ribeiro, na sequencia explodiu o travessão de Denis.


Marcelo Oliveira optou pela cadência com as entradas de seus jogadores experientes Tcheco e Lincoln. Um time mais ofensivo, com a saída de Gil, contra dez são paulinos. Porém, o coxa branca não soube se aproveitar tanto assim da vantagem numérica.

O placar de 0 a 0 já era bom negócio para os paulistas. Mas, diferente do Coxa, que é um time muito bem armado, tem uma diferença: o talento individual de Lucas.

Os 40.448 pagantes no Morumbi assistiram dos pés do camisa 7, em linda jogada individual, o golaço da vitória.

Golaço de Lucas Moura decreta vitória


Resultado fantástico. Pelas circunstâncias, sem apresentar bom futebol, é uma "goleada". Ainda mais que saiu de um drama que estava sendo, com a derrota sendo vista de perto.
1 a 0 é sempre o placar mais desejado pelos "boleiros". O próprio Lucas falava isso, que o importante era não sofrer gols.

Coritiba merecia sorte maior. Agora tentará reverter em seus domínios, com o risco de sofrer um gol e dificultar a missão.


A partida de volta será na próxima quarta-feira (20/06), às 21:50, no Couto Pereira (PR). O adversário na decisão virá do confronto entre Palmeiras x Grêmio (time de Palestra Itália saiu na frente).

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Corinthians imponente

Por Alisson Matos

Foto: Marcos Ribolli



Sim, há os idiotas da objetividade que, antes mesmo do jogo começar, procuravam vaticinar atalhos e desvendar caminhos por onde os jogadores de Santos e Corinthians deveriam produzir suas jogadas. Falo desses que insistem em táticas, números e objetividade, incapazes que são de entender que o futebol, na essência, se basta com a arte, o lúdico e o espetáculo.

Na Vila Belmiro, que de caldeirão nada tinha, não se viu o que se esperava do time da casa. No duelo entre o melhor escrete do país contra o de maior equilíbrio não foram os detalhes os responsáveis pela vitória da equipe comandada por Tite.

Se no Corinthians há jogadores dispostos a entrar na história do clube, valentes como sempre e jogando como nunca, o Peixe tinha um Neymar já exausto e Ganso com raros e geniais lampejos, que não foram suficientes perante a falta de vibração da equipe de Muricy.

Das arquibancadas, não saiu a pressão que se anunciara. Dos pés dos meninos da Vila as jogadas não brotaram. Da cabeça do técnico santista as soluções não surgiram. O Santos estava resumido, sem brilho e sem a sua essência. Já o Corinthians, não. Foi imponente, corajoso e inexpugnável, em um dia que até o Emerson, que raramente acerta um chute, acertou um chute raro.

Uma partida que foge de qualquer análise. Um duelo que ainda não está decidido. Uma vaga que ainda está em aberto. Um clássico que o Rei Pelé disse ser o maior jogo do mundo. E, até a próxima semana, será.