quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Viver e sonhar

Por Alisson Matos

“O futebol, no Brasil, não é para gente séria.” Cirúrgico, o saudoso Telê Santana  explanou o pensamento do que resta de gente séria no jornalismo esportivo e da maior parte dos torcedores, vítimas de gestores nada excelsos e que, há tempos, infelicitam o que muitos consideram a maior paixão nacional. Dirigentes que aceitam tudo para fazer parte do jogo sem se importarem com suas biografias já que, munidos de asseclas, aliam-se ao amadorismo para justificar a má administração.

Junte-se a isso a cordialidade brasileira e dos torcedores, a quem somente interessa o futebol ou deveria, e a capacidade de realizar protestos que soam ineficazes perante a perpetuação no poder de sujeitos que só levaram vantagens sem deixar nenhum ou pouco benefício. E não são poucos os de boa índole que denunciam e até fiscalizam, mas veem suas descobertas e convicções silenciadas por aqueles amantes do mais do mesmo, que querem tudo como exatamente está, felicidade de poucos, tristeza de muitos e lamentação de raros conscientes.

Já foi dito inúmeras vezes que o ludopédio nacional caminha rumo à vala comum da mediocridade, não somente pelas táticas e métodos adotados dentro de campo, capazes de fazer da maior escola de futebol do mundo uma provável coadjuvante na próxima Copa, ironicamente disputada em solo tupiniquim. Reflexo nada mais e nada menos do desmando que vem de cima, da falta de qualificação e da ausência de vontade de alguma mudança.

A alienação é tamanha que há quem ache que houve evolução, já que não há mais viradas de mesa e coisas do tipo, incapazes de compreenderem que são ações meramente ilustrativas ou que só maquiam o problema, o cerne da questão, este sim, que merece atenção especial.

E o tempo passa, nada muda e sobra para os esperançosos, aqueles que buscam um futebol limpo, moral e que só encha de orgulho, a alcunha de quixotescos. Não que seja missão impossível, mas muito difícil. É viver e sonhar. 


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Narração de Gomão Ribeiro para o gol de Gremio Osasco 1 X 0 Ferroviaria.


Gremio Osasco X Ferroviaria (2º tempo)

Gravação do piloto com o 2º tempo do jogo Gremio Osasco X Ferroviaria mais o Contra-Ataque, o pós-jogo da Equipe Nova Esportes.


Gremio Osasco X Ferroviaria (1º tempo)

Gravação do piloto com a abertura, narração do 1º tempo do jogo Gremio Osasco X Ferroviaria mais o Intervalo 1540 com a participação de Jorge Lapas e Valmir Prascidelli, prefeito e vice-prefeito eleitos por Osasco para os anos de 2013 a 2016.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A CBF mudou, e o que mudou na CBF?


Por Douglas Araújo
Meu amigos, triste engano de quem pensou que a mudança na presidência da CBF traria benefícios ao futebol brasileiro, e dentre os principais problemas que temos, o calendário e a arbitragem, parecem perdurar no país na Copa. Sempre fui um defensor do futebol por aqui, um entusiasmado quando se fala de América do Sul, porém os fatos muitas vezes me deixam de queixo caído e até mesmo envergonhado.
É muito comum assistirmos pela TV, amistosos das grandes seleções do mundo, ou mesmo as acirradas disputas de jogos válidos pelas eliminatórias para o Mundial de 2014, ao mesmo tempo não se lê, se ouve ou se vê, nenhum gigante clube europeu, lamentar ausências de um Messi, ou de um Cristiano Ronaldo, porque será?
Pense como um pai de família, que sustenta a casa de todas as formas, que paga todas as contas e faz um esforço surreal para manter o padrão de vida de uma família, porém na hora das decisões, na hora de opinar, simplesmente é ignorado, é isso. Os clubes por aqui são como esses pais de família que tem 3 obrigações na vida, pagar, pagar e pagar e a tão sonhada mudança no calendário, nada, quem sabe a longo prazo, e coloque longo prazo nisso.
Já dentro de campo, enterraram as polêmicas com relação a entrega de resultados, já que em 2009 e 2010 suspeita-se que equipes não se esforçaram tanto para vencer partidas, com o propósito de prejudicar seus rivais regionais, para mim bobagem, afinal se alguns clubes o fizeram, e até acho que fizeram mesmo, como Palmeiras, São Paulo e Corinthians, devem uma satisfação ao seu torcedor, este mesmo torcedor que hoje pixa muros e chamam o time de “sem vergonha”, porém já comemorou gol adversário só para prejudicar o rival, inversão de valores? quem entrega jogo é honesto? quem perde por falta de qualidade é sem vergonha?
Já não entendo muitas coisas no futebol, como os gols do Fluminense no último domingo em cima da pobre Ponte Preta, um penalti que não existiu e uma falta que existiu, mas em cima do marcador da macaca.
Vencer a qualquer custo se tornou questão de honra, mas não seria justo vencer por méritos?
São perguntas que espero encontrar respostas em breve, muito embora ache difícil, enquanto isso vamos ser honestos, mas também vamos levar vantagem em tudo, vamos perder quando quisermos, vamos terminar de estrangular os clubes, vamos continuar tratando tão mau uma paixão sem limites chamada futebol, será que vale realmente a pena? 
Foto: GloboEsporte.comi

domingo, 14 de outubro de 2012

Com 3ª vitória consecutiva, Vettel assume a Liderença na F1

Por: Daniel Moraes



A quatro etapas do fim, a temporada 2012 tem um novo líder, e ele se chama Sebastian Vettel. Neste domingo, o alemão venceu o GP da Coreia do Sul - 16ª etapa do campeonato - e desbancou Fernando Alonso, que liderava a classificação desde a oitava prova do ano. 

Após ultrapassar o companheiro Mark Webber na largada, Vettel passeou em Yeongam até receber a bandeirada do rapper coreano PSY, em versão bem mais contida que a dancinha do hit “Gangnam Style”, que dominou o circo da Fórmula 1 durante todo o fim de semana. 

Vettel emplacou seu terceiro triunfo consecutivo e virou o jogo sobre Alonso: chegou aos 215 pontos na tabela de classificação e agora está seis à frente do espanhol, terceiro colocado na corrida.

Desta vez, Felipe Massa não subiu ao pódio como no Japão. Mas voltou a fazer uma boa prova, mostrando estar em ascensão. Após largar da sexta posição, o brasileiro ultrapassou Kimi Raikkonen (Lotus) na primeira volta, ganhou a posição de Lewis Hamilton (McLaren) e chegou em quarto. 

De quebra, apresentou um ritmo mais forte que o de Alonso durante toda a disputa. No fim, chegou a dar um calor no espanhol, ficando a um segundo de distância e fazendo a Ferrari pedir pelo rádio para pegar mais leve. “Felipe, você está mais rápido que Fernando. Por favor, segure a onda”, disse Rob Smedley, engenheiro do brasileiro. 

Ficou claro que teria condições de lutar pelo pódio caso o companheiro de time não estivesse na briga pelo título. O resultado também foi importante para o time de Maranello, que tomou a vice-liderança da McLaren no Mundial de Construtores (campeonato que rende boas cifras às equipes) e para o próprio Felipe, cada dia mais perto de renovar o contrato para 2013.

Perguntado se estaria frustrado em estar diante de uma RBR mais rápida na luta pelo título, Alonso disse:

- Não é nada novo. Os cinco últimos anos da minha carreira tem sido assim. Estou acostumado com essa situação. Estamos sempre no limite, mas me sinto confortável. E tiramos o máximo do carro quando estamos sob pressão - ressaltou Alonso, campeão em 2005 e 2006.

O próximo capítulo da luta de Vettel e Alonso pelo tricampeonato mundial tem data marcada: dia 28 de outubro no GP da Índia, 17ª etapa da temporada.

Bom vamos recolhendo nosso carro, voltando para o Pit e voando até a Índia.
Até a próxima.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O Fluminense, o título e o futebol de resultado

O Fluminense, o título e o futebol de resultado


Por Alisson Matos


A vitória sobre o Bahia, ontem, em Pituaçu, foi o símbolo máximo de um Fluminense efetivo, mas que não encanta.  Uma equipe dotada de raros talentos individuais, porém que passa longe do essencial para um time, vítima da já exaustiva ideia de que futebol limita-se ao resultado, jogando para escanteio o já quase extinto espetáculo. Os 2 a 0 saíram de lances isolados, como virou regra nos duelos do tricolor carioca neste Brasileiro.

Nem de longe a intenção é menosprezar o que o escrete de Fred e companhia fez até aqui. Líder isolado, com vantagem de nove pontos para o Atlético MG, segundo colocado, seria até natural que, ao futebol do Flu, só aparecem elogios. Mas, não, o time poderia alçar voos maiores, rumo à conquista que tinha tudo para se tornar eterna. 

Conhecidas, as convicções de Abel Braga prezam pelo futebol defensivo, em que o não tomar gol é mais importante do que fazê-lo, mergulhado na tal praga pragmática que assola, há tempos, o ludopédio tupiniquim. 

Tão cristalino quanto o tricolor das Laranjeiras representar algo que os amantes do velho esporte bretão  já não suportam é o fato de que o título se aproxima. E tão difícil como imaginar a equipe de Cuca, de futebol mais vistoso, e o Grêmio de Luxa tomarem o que será ao Fluminense de direito é pensar que, a partir de agora, os cariocas mudarão o estilo que tanto deu certo.

É o futebol brasileiro que caminha rumo à vala comum da mediocridade, num país em que o jogar para frente virou sinônimo de derrotas, além de produzir técnicos e times que vão de encontro à essência do que um dia chamamos de paixão nacional. Se futebol fosse só isso, certamente não gostaríamos tanto. 




terça-feira, 9 de outubro de 2012

O recomeço de Bernardo

Por Douglas Araújo 
Meu amigos, sábado estive na Vila Belmiro, já que toda rodada foi adiantada em razão do pleito municipal, e pude acompanhar o recomeço de um jogador a beira do término do seu contrato, este é Bernardo.
O meia que deixou o Vasco e desceu a Serra Paulista para defender o Santos marcou seu 1º gol com a camisa santista e mais que isso, foi o melhor em campo no empate entre paulistas e gaúchos. Bernardo concedeu uma longa entrevista exclusiva ao microfone da Tri FM e dentre vários assuntos, deixou claro seu desejo de permanecer na Vila Belmiro em 2013.
O jogador passou mais de 50 dias em tratamento no DM alvinegro e encara as últimas 10 rodadas do Brasileirão para carimbar sua permanência no time de Neymar, hoje o peixe conta com ele e Felipe Anderson como meias de origem, vez por outra Gerson Magrão atua pelo setor de forma improvisada, mas a atuação do jogador rendeu elogios até mesmo do sempre amargo Muricy Ramalho. Bernardo tem seus direitos federativos junto ao Vasco, seus direitos econômicos estão divididos entre Vasco 50%, Santos 10% e os outros 40% a um grupo de investidores, o vínculo com o Peixe expira em 31/12 deste ano.
Onde disse 10 rodadas entendam 9, já que devido a um acordo entre cariocas e paulistas, o jogo do próximo final de semana contra o mesmo Vasco na Vila Belmiro, o meia não poderá atuar, assim aumenta consideravelmente os problemas de Muricy que já entregou a direção alvinegra uma lista de reforços, quem passam por nomes como Alex que deixou a Turquia recentemente e Robinho, porém se o Santos quiser ter uma temporada mais digna que a do seu centenário, deve começar por não perder os bons valores que já tem, Bernardo é um deles.
Foto: Lancenet/Ivan Storti

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Arbitragem, um caso vergonhoso


Por Douglas Araújo
Meus amigos, ao passo que o final da temporada vai se aproximando, o Fluminense que sempre joga no limite, busca mais um título brasileiro, para desespero dos atleticanos de minas que ao que tudo indica, irão amargar mais um ano sem conquistas de expressão, chego a arriscar que os campeonatos estaduais só não são extintos por clubes como o Galo e também o Botafogo.
Mas, o que gostaria de colocar esta semana é sobre o que vem sofrendo o jovem talento do futebol Neymar, é simplesmente lamentável a perseguição que a jóia santista vem sofrendo e no último domingo, após apanhar bastante dos tricolores do Grêmio, acabou sendo expulso.
Claro, não vamos aqui exagerar e colocá-lo como fez a Revista Placar deste mês, comparando o craque a Jesus Cristo, embora a matéria tenha sido muito bem elaborada, a tradicional revista foi extremamente infeliz na comparação, porém é triste ver um talento como ele, ser cassado jogo após jogo e ir para o chuveiro mais cedo.
A arbitragem no Brasil é péssima, seu comando praticamente não existe, e quando o faz é simplesmente para preservar o “cuidado especial” com certas camisas, como aconteceu no clássico entre Santos e Corinthians, porém em outra partida que envolveu o Peixe, contra a Portuguesa que foi muito prejudicada apesar de vencer com facilidade o jogo, nada foi dito. Em Curitiba o São Paulo também sofreu com a arbitragem e viu o Coxa fazer 1x0 num pênalti que nem de perto existiu, ah, vale lembrar que outro craque, Lucas também apanhou um bocado.
Uma reformulação profunda deveria acontecer neste setor, um choque de gestão, e por fim a profissionalização da categoria, daí sim cobrar a quem de direito, caso contrário, nossos craques continuarão apanhando, servindo como vitrines para quem quer aparecer mais que o próprio espetáculo, se não você não viu nada disso, calma, quinta feira a bola rola novamente, teremos outra chance de acompanhar este vergonhoso replay.
Foto: Ricardo Rimoli