quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O Atlético como esperança

Bruno Cantini/Site Oficial 

Por Alisson Matos


O título conquistado em 1971 anda presente na memória até dos torcedores que nem eram projetos de vida à época. O distante primeiro e único Brasileiro do Atlético MG, após longos 41 anos, tem tudo para ganhar uma companhia de mesmo quilate. O time de Cuca não se contenta em vencer, consegue convencer e encantar àqueles já exaustos da tal praga pragmática que assola há tempos o futebol nacional.

Veja só, com rosto de menino e sonhos de aventura, o garoto Bernard candidata-se, cada vez mais, a ser o que dele se esperava. Já Ronaldinho Gaúcho, que deixou de ser solução para tornar-se alternativa, não só é útil como ainda alcança lampejos do jogador de outrora. 

Renegados em outras equipes, Jô e Pierre são efetivos. No banco, um técnico que carrega nas veias a ofensividade e que parece ter atingido o equilíbrio emocional que faltara em anos anteriores. Nas arquibancadas, uma massa pronta para explodir como nunca por um título aguardado há tantos verões.

Símbolos de um Atlético que jamais chegou tão forte desde que o principal campeonato do país passou a ser disputado pelo sistema de pontos corridos. E que parece ter extirpado, de vez, o fantasma de cavalo paraguaio passadas 24 rodadas da competição.

Enfim, um time que teve Telê Santana como técnico na sua grande conquista e que se aproveita do legado deixado pelo mestre para tentar provar, de novo, que futebol ofensivo e título podem conviver em harmonia. 

Renasce a esperança.

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