quinta-feira, 14 de junho de 2012

Corinthians imponente

Por Alisson Matos

Foto: Marcos Ribolli



Sim, há os idiotas da objetividade que, antes mesmo do jogo começar, procuravam vaticinar atalhos e desvendar caminhos por onde os jogadores de Santos e Corinthians deveriam produzir suas jogadas. Falo desses que insistem em táticas, números e objetividade, incapazes que são de entender que o futebol, na essência, se basta com a arte, o lúdico e o espetáculo.

Na Vila Belmiro, que de caldeirão nada tinha, não se viu o que se esperava do time da casa. No duelo entre o melhor escrete do país contra o de maior equilíbrio não foram os detalhes os responsáveis pela vitória da equipe comandada por Tite.

Se no Corinthians há jogadores dispostos a entrar na história do clube, valentes como sempre e jogando como nunca, o Peixe tinha um Neymar já exausto e Ganso com raros e geniais lampejos, que não foram suficientes perante a falta de vibração da equipe de Muricy.

Das arquibancadas, não saiu a pressão que se anunciara. Dos pés dos meninos da Vila as jogadas não brotaram. Da cabeça do técnico santista as soluções não surgiram. O Santos estava resumido, sem brilho e sem a sua essência. Já o Corinthians, não. Foi imponente, corajoso e inexpugnável, em um dia que até o Emerson, que raramente acerta um chute, acertou um chute raro.

Uma partida que foge de qualquer análise. Um duelo que ainda não está decidido. Uma vaga que ainda está em aberto. Um clássico que o Rei Pelé disse ser o maior jogo do mundo. E, até a próxima semana, será.

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