sexta-feira, 11 de maio de 2012

Lição santista

Por Alisson Matos




Foto:Reuters/Paulo Whitaker
O espetáculo proporcionado pelo Santos na Libertadores da América valeu muito mais do que a classificação para a próxima fase do torneio. Viu-se, ali, uma lição de vida. Porque se o peixe fora tratado de maneira que beira o absurdo no jogo de ida, respondeu a selvageria com bom futebol na partida de volta.

Os acachapantes oito gols no duelo da Vila vieram para provar que artifícios quase amadores não garantem bons resultados. O adversário, o Bolívar, que como principais armas na competição tinha a altitude e o anti-futebol não viu a cor da bola e foi reles protagonista na estrelada noite praiana. Neymar e companhia só não fizeram chover. Pressionaram do início ao fim sem dar chances ao fraco time boliviano.

Gols bonitos foram aos montes. O primeiro, de Elano, foi coisa rara. Já o tento marcado por Paulo Henrique Ganso, de letra, além de merecer placa pela beleza e genialidade ratificou que a intenção dos meninos era mesmo humilhar, tamanha a raiva que estavam devido ao tratamento recebido no jogo anterior.

A desenvoltura, maturidade e encanto que mostra o time de Muricy, para quem viu, remetem aos dourados anos de Pelé. Um futebol mágico, de sonhos, capaz de fazer com que este que vos escreve tenha saudade até do que não viu. No futebol brasileiro, a minha geração não acompanhou nada que se possa comparar ao atual escrete santista, que responde na bola, com gols, alegria e espetáculo os incautos provenientes dos vizinhos sul-americanos.

O Santos é um exemplo. Que todos passem a segui-lo. 

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