Foto:Reuters/Paulo Whitaker |
O
espetáculo proporcionado pelo Santos na Libertadores da América valeu muito
mais do que a classificação para a próxima fase do torneio. Viu-se, ali, uma
lição de vida. Porque se o peixe fora tratado de maneira que beira o absurdo no
jogo de ida, respondeu a selvageria com bom futebol na partida de volta.
Os
acachapantes oito gols no duelo da Vila vieram para provar que artifícios quase
amadores não garantem bons resultados. O adversário, o Bolívar, que como
principais armas na competição tinha a altitude e o anti-futebol não viu a cor
da bola e foi reles protagonista na estrelada noite praiana. Neymar e companhia
só não fizeram chover. Pressionaram do início ao fim sem dar chances ao fraco
time boliviano.
Gols
bonitos foram aos montes. O primeiro, de Elano, foi coisa rara. Já o tento
marcado por Paulo Henrique Ganso, de letra, além de merecer placa pela beleza e
genialidade ratificou que a intenção dos meninos era mesmo humilhar, tamanha a
raiva que estavam devido ao tratamento recebido no jogo anterior.
A
desenvoltura, maturidade e encanto que mostra o time de Muricy, para quem viu,
remetem aos dourados anos de Pelé. Um futebol mágico, de sonhos, capaz de fazer
com que este que vos escreve tenha saudade até do que não viu. No futebol
brasileiro, a minha geração não acompanhou nada que se possa comparar ao atual
escrete santista, que responde na bola, com gols, alegria e espetáculo os
incautos provenientes dos vizinhos sul-americanos.
O
Santos é um exemplo. Que todos passem a segui-lo.
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