Luis Marcelo Bigatto
A semana do Palmeiras foi cercada de mistério e muita expectativa. Afinal, a classificação para a fase final do campeonato Paulista ficou abaixo do esperado pelo torcedor, principalmente por conta da queda de rendimento nos últimos jogos.
Mas era uma semana de esperança, na terça-feira, o volante Marcos Assunção, concedeu entrevista coletiva e não teve medo de afirmar. ‘Respeitamos o Guarani, mas o time grande é o Palmeiras, temos que nos classificar’.
Uma frase que mostrou muita personalidade, deixando o palmeirense com a confiança que neste fim de semana, o Palmeiras poderia retomar a boa sequencia de jogos que teve no início da temporada.
Durante a semana, Felipão optou por fechar três dias de atividades para a imprensa, pediu a assessoria de imprensa para divulgar uma lista de relacionados falsa, sem constar os nomes de Luan e Valdivia, concentrando o time em Atibaia.
Em minha opinião, uma estratégia um pouco ultrapassada, que no futebol atual não surte mais nenhum tipo de efeito. Até porque, qualquer comissão técnica hoje conta com vídeos de qualquer jogador do Palmeiras e esconder que o Luan, seria o titular é um tremendo exagero, mas respeito à decisão de cada um.
E dentro de campo nada disso funcionou, o que se viu foi mais uma vez um Palmeiras ser amplamente dominado pelo adversário, com falhas individuais em campo e sem poder de reação. Dois jogadores estiveram muito abaixo, o lateral esquerdo Juninho, que errou em todos os fundamentos possíveis e o goleiro Deola, falhando nos gols.
Vergonhosamente o Palmeiras foi eliminado pelo Guarani. Sim é uma vergonha, um time com a história que tem o Palmeiras e com o orçamento que o clube conta para gerir o futebol não pode ser desclassificado por uma equipe que tem um investimento no futebol tão distante. O Guarani jogou melhor e mereceu vencer, mas a incompetência do Palmeiras tem que ser ressaltada.
Evidentemente que o técnico Felipão, tem a sua parcela de culpa, mas os jogadores e principalmente a diretoria também precisam assumir seu erros. Quando o time defendia invencibilidade de 22 jogos, a equipe era exaltada como principais personagens Barcos, Marcos Assunção, Daniel Carvalho e companhia e agora que os mesmos jogadores não estão correspondendo em campo, Felipão não pode ser unicamente responsabilizado.
Porém, o mais preocupante do que mais uma eliminação era o clima de conformismo no vestiário depois da derrota. Parecia que tinha acontecido apenas mais um jogo e isso é muito grave. Um clube do tamanho do Palmeiras não pode achar que ser eliminado em um campeonato Estadual para um time do interior é algo natural.
O Palmeirense não aguenta mais ver o seu time do coração ser esculhambado dessa forma. A cada ano que passa o Palmeiras vira motivo de piada dos adversários e entra mais desacreditado em uma disputa de campeonato Brasileiro e isso precisa mudar.
Onde está o Palmeiras de Cesar Sampaio, Evair, Edmundo, Marcos, Ademir da Guia e de tantos inquestionáveis jogadores que já defenderam esse manto tão importante? Quando será que todos os envolvidos dentro da política da Sociedade Esportiva Palmeiras vão perceber que com essa brigas pessoais que travam diariamente dentro do clube servem apenas para empurrar o Verdão ladeira abaixo.
Desde 2007, tenho oportunidade de acompanhar o Palmeiras de perto e sem dúvida, a gestão Tirone é a pior de todas. Um presidente sem personalidade, que não tem coragem de tomar decisões e que tem feito opções desastrosas na gerencia do futebol.
O Palmeiras passa por um momento que não permite que o seu presidente administre o clube pensando em alianças políticas ou em futuros processos eleitorais. O clube precisa que o senhor Arnaldo Tirone, gerencie com personalidade, sem se importar se as decisões que vai tomar vai agradar ou desagradar A,B ou C.
Ou o presidente Tirone, começa a administrar o clube pensando no melhor para o Palmeiras sem se importar se isso vai atrapalhar ou não uma possível reeleição, ou então o clube a cada dia que passa vai ficar mais próximo de se transformar em uma Portuguesa.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
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