sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O basquete dos "super-humanos"


Por Fabio Ramos

“Esqueça tudo o que você pensava saber sobre humanos. Conheça os super-humanos”. Essa frase, retirada de um anúncio exibido em 78 diferentes canais do Reino Unido, define bem o que é o esporte paralímpico. Um dos esportes praticados é o Basquete, do qual falarei um pouco agora.


O basquete é um esporte de contato, e o praticado por deficientes físicos não escapa a regra. Como consequência, muitas vezes o atleta cai da cadeira de rodas, só podendo ser auxiliado por um membro da comissão técnica especializado, pois dependendo da queda, pode resultar em alguma lesão.

A regra permite que os atletas se impulsionem com as mãos nas rodas duas vezes sem bater a bola, ou seja, sem que ela toque no chão. Mas, se pensarmos no basquete convencional, os jogadores podem dar dois passos, o que assemelha os dois esportes. Em geral, apenas uma mão é utilizada no arremeço e controle de bola, sendo as roubadas de bola resultantes de erros ou cortes nos passes. 

A dinâmica do jogo consiste basicamente em uma estratégia de deslocamento dos atletas, fazendo com que o adversário fique impedido de se locomover, impossibilitando a defesa, como um “corta-luz”. O movimento dos atletas também é importante para prever, sobretudo, erros de passe. 

Um advento importante para a disseminação da modalidade no Brasil é uma iniciativa comum em países onde ele é mais popular. A prática do basquete teoricamente para cadeirantes, por não cadeirantes, os chamados “andantes” no meio do esporte, possibilitou a formação de 70 equipes masculinas em todo o país, e 6 femininas. 

Essa história teve início em um torneio de dois jogos entre o Clube do Otimismo, de São Paulo, e o Clube do Paraplégico, equipe da capital carioca. Os dois jogos, um no Rio de Janeiro e o outro na cidade de São Paulo, ocorreram no ano de 1958, época áurea do basquete convencional brasileiro. 

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