Sendo assim, vamos lá - em principio vou fazer um breve histórico para as pessoas me conhecerem. Comecei no jornalismo em 1999, na rádio bandeirantes como estagiário. Em 2000 assumi a assessoria do extinto ECO e começei apresentar um programa na Difusora - Falando de Esportes. Em 2002 fui para a SporTV como repórter. Em 2003 fui enviado para o Japão como correspondente internacional. Retornei ao Brasil em 2007 e consequentemente para a Nova Difusora, participando como repórter e futuramente como apresentador do Nova Esportes. Já em 2010 assumi a assessoria de imprensa do Grêmio Esportivo Osasco, clube que estou até hoje, mas agora, como diretor de comunicação. Além do G.E.Osasco, tenho uma assessoria de imprensa voltada aos atletas e ex joadores, como é o caso do Vampeta.
Neste espaço - vou escrever alguns causos que aconteceram com o Velho Vamp. Para começar vou escrever sobre o VINHO do PAPA.
O Vinho do Papa
Quando
eu estava no auge, jogando na Holanda, recebi em minha casa o jovem e
desconhecido, porém promissor Ronaldo, que na época era apenas Ronaldinho.
Quando
fui para a Itália jogar na Internacional de Milão, quem estava no topo e acabará
de ser eleito o melhor do mundo, era o Ronaldo, que não mais era chamado de
Ronaldinho e havia se transformado em Ronaldo Fenômeno, e eu, um desconhecido
para os italianos, mas por pouco tempo.
Chegando
em Milão, o clube disponibilizou um apartamento no mesmo condomínio de outros
jogadores brasileiros, entre eles; Leonardo, Roque Júnior, Dida e outros. No
mesmo condomínio, a imponente e exuberante cobertura, pertencia ao Ronaldo
Fenômeno.
Como
meu apartamento ainda faltavam alguns móveis e peças de decoração, fui
convidado a morar com o Ronaldo, até que meu apartamento estivesse pronto – que
chato né, morar na cobertura.
Não
precisava me preocupar com nada, e poderia ficar a vontade. Foi isso que eu
fiz. Fiquei bem a vontade, principalmente quando ele me apresentou sua adega de
vinhos, e que adega – vinhos para todos os gostos, até um vinho que o Fenômeno
recebeu do Papa João Paulo II quando visitou o Vaticano e o presenteou com uma
camisa da Inter.
Como
eu não falava italiano, sempre que acabavam os treinos da tarde, por volta das
14:30, eu ia para o condomínio descansar e depois partia rumo ao restaurante do
André Cruz. Pois lá eu me sentia em casa. André Cruz é o proprietário da rede
de churrascarias Porção.
Minha
mesa era cativa, todos os dias marcando presença e resenhando com os parceiros.
Foi ai que o André me perguntou se eu não conhecia nenhum grupo ou cantor de
MPB para vir alegrar as noites italianas na churrascaria brasileira.
De
bate pronto me lembrei de meu parceiro Zé Mário, de Nazaré da Farinhas – minha
terra natal. Liguei para ele e perguntei se tinha interesse em vir para a
Itália tocar e cantar na churrascaria. Para isso, ele receberia 1.500 euros e
mais as passagens. É claro que ele aceitou, já que em Nazaré não conseguia
receber mais que R$ 100,00.
Em
uma bela noite, após ter ido curtir o som do meu parceiro na churrascaria,
fomos eu, o cantor Zé Mário e mais outro parceiro tomar vinho na minha cobertura, ou melhor, na
que eu estava morando – do Ronaldo.
Entre
uma música e outra, da Adriana Calcanhoto, tomávamos um vinho e contávamos
algumas histórias. Enquanto isso, de pernas para ar no divã, estava um
funcionário do Ronaldo, responsável pela cobertura, lendo seu livro. O Ronaldo
estava no Brasil resolvendo problemas pessoais.
Quando
ele foi até a cozinha tomar água, ficou pasmo, paralisado e soltou um sonoro
grito: “Quem foi que abriu este vinho? O
Ronaldo vai me matar”.
Sem
entender nada, respondi – “Como assim
quem tomou este vinho, você esta vendo que fomos nós. Está maluco”.
Ele
retornou para a sala e nos disse, que o vinho aberto era o do Papa, que o
Ronaldo havia ganhado em sua viagem ao Vaticano e teria que falar para o seu
patrão – Ronaldo. Eu disse que ele poderia falar; “ Pode falar para o Ronaldo que foi eu quem abriu, e é o pior de todos
– com gosto de vinagre”.
Quando
o Ronaldo retornou, seu funcionário lhe contou o ocorrido e o fenômeno me disse
que eu teria que pagar 6.000 euros pelo vinho, lógico que não pagaria né, se eu
nem pagava vinho barato, imagina neste valor e com gosto de vinagre.
Esta
história ficou conhecida no mundo da bola como o Vinho do Papa.
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