Por Fabio Ramos
A
Rede Record comprou os direitos de transmissão das Olimpíadas 2012. Com isso,
exibirá os jogos com total exclusividade em território nacional (essa é a
segunda vez que a emissora obtém exclusividade em eventos esportivos, a
primeira ocorreu durante o Pan-americano de Guadalajara, no ano passado). Atualmente
as informações tornaram-se mais acessíveis, devido à tecnologia, em
consequência disso, a busca por um fato novo, ainda não noticiado por ninguém,
aumentou, já que em meio a tantas informações, um “furo” de reportagem ou a
exclusividade gera mais receita.
Porém,
é tarefa do jornalismo colher a informação no meio social, tratar esta
informação, ou seja, produzir e devolver à sociedade para que a mesma conheça
os fatos que decorrem dos elementos políticos, econômicos, históricos e sócio geográficos.
Entretanto, o que se vê na grande mídia é uma produção de informação de caráter
privado, com certos interesses em jogo. Talvez pelo fato de as grandes mídias
brasileiras (jornais e televisão) estarem atreladas a pessoas com poder político,
e a ideologias, faz com que a imprensa “ganhe” tanto poder, passando, muitas
vezes, acima do poder Judiciário, onde a imprensa não se limita, em sua
cobertura da violência e do crime ao papel de relatar os acontecimentos, mas
assume o papel de um tribunal, que “julga, acusa, sentencia e absolve”, por
exemplo.
No
geral, eles estão interessados, apenas, na venda das “informações” e na
propagação de suas ideologias. Talvez esse seja o grande problema da imprensa
no Brasil, o fato de a imprensa estar nas mãos de, apenas, oito grandes
empresas/famílias. Dessa forma, o que era para
ser uma transmissão com o objetivo de informar os telespectadores sobre o que
está acontecendo nos Jogos Olímpicos de Londres, tornou-se uma disputa de
emissoras no qual o foco está no monopólio da imagem e em interesses comerciais.
Esse é mais um caso no qual a disputa pelo ibope torna-se mais importante do
que a informação de qualidade.
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