Reprodução |
Por Alisson Matos
Dos grandes, por estar acostumado com imensas conquistas, era o que mais sofria. Aquele Palmeiras campeão brasileiro, da Libertadores e que chegou à final do Mundial parecia ser um time distante, dos sonhos de utópicos e quixotescos torcedores, que nos dias atuais mais amam do que comemoram, mais choram do que sorriem.
O
time verde mais importante do mundo parecia fadado ao fracasso, às falcatruas,
aos desmandos e ao padecimento. Seus legionários também, vítimas do destino,
que tratou de colocar as pessoas erradas no lugar errado.
A
tal luz no fim do túnel, que para muitos com o passar do tempo apaga, seguiu
viva no rumo alviverde que, gigante que é, ficou por longos e duros anos
adormecido, mas jamais deixou de acreditar.
Derrubou
adversários superiores, venceu os próprios limites e fez despertar quem sempre é
a última a morrer, a esperança. Felipão, Marcos Assunção e companhia saíram do
incômodo posto de desacreditados e chegaram ao topo desejado por todos.
A
final da Copa do Brasil, contra o Coritiba, foi o retrato de toda a competição.
Pela frente, um time mais organizado e todas as adversidades necessárias para
aqueles que precisam dar a volta por cima. Sem Valdívia e Barcos, o Palmeiras
tinha a alma, pintada de branca e verde e mais iluminada do que nunca.
E o
sorriso palmeirense voltou a ser visto quando Marcos Assunção colocou a bola na
cabeça de Betinho, que empatou o jogo no Couto Pereira, numa partida que tinha
tudo para ser trágica como nos últimos anos.
Mas
não foi. Desta vez, deu Palmeiras, deu Felipão e deu o gigante, que estava
adormecido para ser despertado no momento de glória e provar, mais uma vez, que
quando o time é grande a camisa, muitas vezes, joga sozinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário