Por: Daniel Moraes
Foto Oficial de Abertura da Temporada 2012
Quando falamos em corrida de carros logo nos vem a mente a Fórmula 1. Uma paixão de infância!!! Sou daqueles que acordam em plena madrugada para assistir corrida... Assisto a todos os detalhes, até mesmo os treinos livres que só servem como parâmetro para as equipes.
Após os testes da pré-temporada, todos estavam em dúvida do que realmente esses bólidos seriam capazes de fazer, e como as mudanças nas Regras de aerodinâmica iriam influenciar no comportamento dos carros. Mudanças essas que levaram muitos a criticar a beleza e estética daqueles que tinham linhas arrojadas e agressivas, que cortam o vento de forma a manter cada carro colado ao chão.
A mais tradicional e principal categoria do Automobilismo Internacional, neste fim de semana se instalou do outro lado do Mundo para dar início a temporada de 2012. O Circuito Albert Park é um circuito de rua, localizado a 5km ao sul de Melbourne/Austrália. As novidades vieram através de uma nova regra imposta pela FIA para tentar “equilibrar” a categoria, que em seus últimos anos, assistiu uma RBR dominar todas as corridas e treinos classificatórios.
Um desafio para os engenheiros: como construir um carro com um bico mais baixo sem prejudicar o que havia até então? Sendo assim optaram pelo tal “degrau” na carenagem, que desfigurou os carros transformando-os em Frankenstein sobre rodas.
Outro fator que mudou a categoria foi à saída do Recordista de Corridas Rubens Barrichello, que pleiteou uma vaga até momentos antes da pré-temporada com o seu compatriota Bruno Senna, por uma vaga na esquecida Williams.
Com o circo montado, pudemos ver algo inusitado durante os treinos livres... Um Sebastian Vettel aquém daquele que vimos no passado... E por sua vez as flechas prateadas como são chamadas as McLarens de Jenson Button e Lewis Hamilton (lê-se Louis), se destacarem.
No treino classificatório, muitas outras novidades... A Volta do Campeão de 2007 Kimi Raikkonen à bordo da Lotus, que logo deixou uma impressão ruim por não se classificar para o Q2 e largar em 18º, e teve que assistir o seu companheiro de equipe (atual campeão da GP2) Romain Grosjean levar a máquina Preta e Dourada para a 3ª colocação do Grid.
Lá na frente, as McLarens dominaram todo o fim de semana com Lewis Hamilton em 1º e Jenson Button em 2º. E a decepção ficou mais uma vez por conta das Ferraris, que largaram em 12º com Fernando Alonso e 16º com Felipe Massa.
Outra imagem que vai ficar para este fim de semana, foi ver Michael Schumacher disputar novamente as primeiras posições do Grid com sua Mercedes. Domingo 3 da manhã, e lá estavam alinhados ao grid para dar início ao que chamo de Corrida Monótona...
Podem me criticar por pensar assim... Mas prá quem já assistiu aos grandes do passado como Ayrton Senna, Alain Prost, Nikki Lauda, Nelson Piquet e companhia sabe do que estou falando. Uma corrida com cara de sono...
Logo no início, Jenson Button rouba a pole position de Lewis Hamilton que vê seu companheiro se distanciar a cada volta...
Os pontos altos ficaram para a estratégia da RBR que conseguiu levar Vettel ao segundo lugar, e por ver a tal Williams “esquecida” pressionar Fernando Alonso até a última volta com Pastor Maldonado. Este, digamos por falta de experiência, sofreu um acidente na última volta sozinho ao tentar uma ultrapassagem em Alonso.
Sobre nossos queridos brasileiros, em uma disputa por posições, Felipe Massa e Bruno Senna se enroscaram na curva 4 à 10 voltas do fim... Incidente este que levou ambos a abandonarem a corrida.
Jenson Button cruzou a linha de chegada sem ser incomodado durante as 58 voltas, seguido de Sebastian Vettel e Lewis Hamilton respectivamente.
Passada essa corrida, o que podemos esperar para este ano é uma temporada não muito diferente do que vimos neste final de semana nem em anos anteriores.
Dizem que quem chega em 1º em Albert Park se torna o campeão da temporada. Se a regra seguir a estas estatísticas, Jenson Button pode comemorar ao Bicampeonato.
Torço para que esteja enganado e que tenhamos uma temporada repleta de reviravoltas, exatamente como aquela paixão que supera o desconhecido e a monotonia.
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