Foto: Paulo Fonseca / Futura Press |
Por Alisson Matos
A noite azul de Belo Horizonte parecia desenhada em homenagem ao Cruzeiro que desfilava o seu futebol, ao estilo Celso Roth até a medula, no feérico Independência com público menor do que habitual. E o espetáculo ficou ainda mais empolgante quando Tinga, ao 19 minutos, fez o primeiro e candidatou-se logo a corpo celeste que mais brilharia na ocasião.
Mas se há um time que entenda de astros é o Botafogo, adversário da rodada, que com sua estrela solitária encarnada no holandês Seedorf só não empatou como, logo em seguida, virou a partida para desespero do escrete da casa e alegria alvinegra.
Em campo, eram os onze valentes das Minas Gerais contra um homem, um craque, um mito, que só não fez chover para manter a felicidade geral dos legionários cariocas que não mereciam ver o brilho do camisa 10 ofuscado.
O jogo era pegado, aguerrido, medíocre e genial. Dessas contradições que só o futebol é capaz de explicar, pois, se de um lado, o excesso de cautela mantinha o diapasão, do outro, o talento em demasia trazia à tona reminiscências de um futebol quase extinto.
A partida já tinha dono e o destino tratou de fazer a sua parte quando em um contra-ataque, já na segunda etapa, a bola encontrou os pés do gringo que, iluminado como nunca e inteligente como sempre, achou o companheiro Jadson para dar números finais ao duelo.
Placar justo e inquestionável numa disputa em que o símbolo de um clube nunca fez tanto sentido.
Um comentário:
Empolgante a cada palavra, me fez sentir a infelicidade em não ter assistido a essa partida.
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