terça-feira, 18 de setembro de 2012

Dez anos depois, o filme se repete

Por Douglas Araújo

Meus amigos, rodadas se vão e a situação do Palmeiras que já ultrapassou os limites do Palestra Itália. O resultado do último domingo nem de longe poderia ser considerado uma tragédia, pelo contrário, difícil encontrar por mais que existam otimistas num momento tão delicado, que apostassem suas fichas numa vitória diante do seu maior rival.
Pior que o momento é a falta de perspectivas positivas, na UTI do Brasileirão, o Verdão parece ter esquecido rápido as lições de 2002 e como já escrevi algumas semanas anteriores a esta, muito provavelmente em seu centenário o único motivo de comemoração seja a volta a Série A do nacional.
Alguns dias atrás estive conversando com estudantes de jornalismo em uma universidade de São Paulo e muitos deles me perguntaram sobre a atual crise do Palmeiras e porque um clube tão tradicional, com uma torcida tão vibrante, vive de pouquíssimas conquistas, a sua grande maioria nos alicerces da Parmalat nos anos 90? Volto a dizer que diferente da maioria dos clubes onde não existe oposição, a alviverde existe e de modo tão forte que ao invés de oxigenar os corredores da academia, trabalha em vias de implodir o pouco que resta em pé.
A eminente queda do time verde trará de volta ao futebol paulista, a questão de onde estamos errando, é bem verdade que os 2 últimos campeões sulamericanos são paulistas, assim como dos principais torneios nacionais, porém o buraco é mais embaixo e ao passo que outras praças ganham força no certame nacional, o futebol na terra da garoa acende o sinal de alerta, o ultimo que sair, apague a luz.
Foto: Folha (2002)

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