Reprodução/Gazeta Esportiva |
Com 20 minutos de jogo no Engenhão, o abismo que separa Corinthians e Flamengo era simbolizado nos cinco chutes a gol do time paulista contra apenas um e solitário arremate carioca. Era o atual campeão da América contra o medíocre escrete de maior torcida do país, vítima de uma administração que beira o escárnio.
E se o goleiro Paulo Victor era o nome do jogo, por ter evitado o primeiro tento da equipe comandada por Tite, deixou de ser aos 27 minutos quando Douglas tirou o zero do placar e começou abrir a cova do técnico adversário, Joel Santana.
Mas como Flamengo é Flamengo e tudo pode acontecer, Douglas e companhia não deixaram os oponentes gostarem do jogo e trataram logo de silenciar o estádio de vez, aos 39, novamente com o meia.
Restava a torcida rubro-negra torcer para a primeira etapa acabar, o velório de Joel ser interrompido e, quem sabe, com a benção do Cristo Redentor, voltar com alma dos guerreiros, aquela que não comparece há tempos na Gávea.
Que nada, pois logo no inicio do segundo tempo Danilo tratou de matar a esperança guanabara com o terceiro gol do duelo. Era triste, era vergonhoso, era humilhante e era Flamengo, que se limitou a tocar a bola, sem organização e criatividade, como quem deseja algo e não é capaz de alcançar.
O Corinthians, impávido, com a segunda vitória consecutiva pode, sim, sonhar com as primeiras colocações. Já o adversário da noite, em um Engenhão que já não é todo prosa, parece estar fadado a dançar, sem talento algum, um samba de uma nota só.
É triste.
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