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Sou da geração que cresceu a admirar Romário.
O tendo como maior ídolo e já inoculado pelo vírus do futebol, vi surgir um parceiro que o substituiu para depois virar Fenômeno.
O ufanismo fora posto de lado em meio à contemplação da elegância, da genialidade e do esmero com que a bola era tratada por um tal Zinedine Zidane.
A partir daí, do futebol, eu pouco esperava e já me dava por satisfeito por ter visto três craques, gênios, que entram em qualquer lista dos maiores da história.
Sobre Pelé, é bem verdade, muito li, já ouvi, mas dei o azar de ter vindo ao mundo após o seu reinado.
Maradona até assisti, porém não há quem tire da minha memória sua melancólica saída, por doping, da Copa de 1994.
No entanto, dos deuses do esporte mais fascinante do planeta, eu não posso reclamar. Não me deram o direito de acompanhar nomes como Leônidas da Silva, Garrincha, Didi, Zico, Falcão, Puskas, Di Stéfano, Cruyff e tantos outros, todavia, seria até egoísmo da minha parte desejar ser eterno para poder me emocionar todo fim de semana com algum jogo protagonizado por eles.
E o futebol guarda o seu misticismo e transforma lendas em verdades. De tempos em tempos surgem aqueles que vêm ocupar o lugar deixado por alguém que ficou na saudade.
As expectativas, muitas vezes, viram decepções.
Mas a esperança jamais morre. É infinita.
Ronaldinho, o gaúcho, frustrou.
Robinho, o moleque, desandou.
E quando você começa a cair na armadilha de se acostumar com o jogo em que o resultado é o que importa, os deuses - aqui já citados - aparecem com o encanto de dois jovens para provar que o ludopédio, sim, tem salvação.
Messi e Neymar.
Neymar e Messi.
O argentino do Barcelona, da Catalunha, da Espanha e do mundo.
O brasileiro do Santos, da alegria de todas as torcidas e dos amantes do futebol.
O primeiro já é tido por muitos como o sucessor do maior de todos.
O segundo envereda-se rumo ao topo.
Sorte a minha, a sua e de quem tem o privilégio.
A idolatria já não tem limites.
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