terça-feira, 23 de novembro de 2010

Craque, que joga no meu time!


Por Felipe Gier

Amigo blogonauta, ouvinte do Nova Esportes. O Brasileirão vai se aproximando do seu final, as polêmicas relacionadas à arbitragem, “entrega” de jogo por adversários do mesmo Estado, malas (brancas, pretas, alviverdes, tricolores, etc.) vão só aumentando e pouco se fala sobre a “Seleção” do Campeonato.

Peço licença poética (e por que não dizer, radiofônica) ao coordenador da equipe esportiva 1540 AM, Francisco Rossi Júnior, por utilizar esse título ao texto de hoje - tão presente quando ele está no comando da jornada futebolística- mas é cabível para definirmos os melhores, jogadores que marcaram a 40ª edição do Campeonato Nacional, o 8º, ou seja, 20% do total, no sistema de pontos corridos.

Mesmo sem a pretensão de comparação aos portais, que fazem estudos sérios e abalizados como a Placar com a “Bola de Prata” ou o Globo Esporte.com com o prêmio aos “Melhores do Brasileirão”, há duas rodadas finais, o torcedor já pode perfeitamente se não ver o seu time campeão, a seleção ideal depois de 36 jornadas disputadas:

Goleiro – Victor; Laterais – Mariano e Roberto Carlos; Zagueiros Leandro Euzébio e Alex Silva, Volantes - Arouca, Elias, Meias – Conca e Montillo, Atacantes – Neymar e Jonas.

Dos postulantes ao título, seis jogadores, os laterais, um dos zagueiros, um dos volantes e os meias. O que mostra que as equipes jogam bem pelos lados, pelo meio e mais engraçado ainda: nenhum atacante de nenhum dos que brigam pela taça, apenas Jonas, já artilheiro da competição com 21 gols até aqui pelo Grêmio, que ainda tenta vaga na Libertadores 2011 e Neymar, atual vice-artilheiro com 13 tentos anotados, destaque do Santos, que viveu o lado da consagração, virou bad-boy e voltou ao bom mocismo e a um protagonismo exarcebado após a lesão de Paulo Henrique Ganso.

Em linhas gerais, o goleiro Fábio poderia ser escolhido, mas é do tipo de guarda-metas, que defende as bolas mais difíceis e entrega os lances mais fáceis. Victor, mesmo com uma defesa não sendo das melhores no Tricolor Gaúcho mostra segurança, boas defesas e presença constante na seleção brasileira. De um lado, Mariano brilha pela correria e juventude, do outro Roberto Carlos esbanja experiência e passes precisos para levar o Corinthians a uma boa campanha até aqui.

No miolo de zaga, Leandro Euzébio pelo Flu, já demonstrou bom poder de marcação e arrancou elogios de seu treinador Muricy Ramalho, especialista em montar fortes sistemas defensivos (vide São Paulo de 2007) e o seu atual time, para variar, melhor defesa do Campeonato neste momento. O outro, Alex Silva, um dos poucos que dedicou raça, garra e dedicação ao time capenga e oscilante durante boa parte da competição.

Na linha de meio-campo, dois volantes que saem bem para o jogo, se destacando pela marcação e, chegando bem ao gol do adversário, e pelo vigor físico alternando a função de volante com a de meio-campista, o que rendeu a Elias, por exemplo, convocações seguidas de Mano Menezes pelo Brasil.

No meio-de-campo, a grande surpresa: sim, dois argentinos, detalhe que nenhum deles consta na seleção de seu país e não estiveram presente no amistoso contra a Seleção Brasileira. Na falta de PH Ganso e com Bruno César sendo decisivo, mas não fundamental, como os outros dois escolhidos, essa é a única posição, em que devemos nos render aos “hermanos”.

Semana que vem, falaremos dos jogadores pernas-de-pau, meia-boca, etc. como complemento aos melhores do campeonato. Até lá e fortes emoções no final de Brasileiro!

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