Por Fábio Sinegaglia
O Transtorno Bipolar, é uma doença que se caracteriza por alterações no humor, momentos de alegrias e tristezas se revezam no muita freqüência, com episódios depressivos e maníacos ao longo da vida. É uma doença crônica com distribuição universal, acometendo cerca de 1,5% das pessoas em todo o mundo.
Pois bem, no Campeonato Brasileiro deste ano 5 % dos times têm essa doença, ou seja, uns dos vinte participantes têm essa doença, ou melhor, a Sociedade Esportiva Palmeiras, está vivendo esse transtorno neste primeiro turno. Pois é impressionante como o Palmeiras altera bons e péssimos momentos neste campeonato. São vitórias e empates surpreendentes fora de casa, combinadas com derrotas inacreditáveis jogando da cidade de São Paulo. O momento de ápice deste transtorno ocorreu no Pacaembu quando o time foi derrotado pelo Atlético GO (até então o lanterna da competição), por 3 a 0, sem jogar absolutamente, nesta semana ocorreu o contra ponto no Maracanã quando o time de Felipão fez uma bela partida e empatou com o Fluminense (líder da competição).
Essas alterações deixam o Palmeiras na nona colocação do campeonato, com 24 pontos em 18 partidas, totalizando nestes jogos; 5 vitórias, 9 empates e 4 derrotas. O Palmeiras é o time que mais empatou no campeonato, isso em uma competição que a vitória vale três pontos e o empate apenas um, pode custar no final da competição uma boa classificação para a equipe. A soma de momentos bons e ruins são tão latentes que o saldo do time verde e branco é zero.
No começo desta semana o jogador Kleber atento às oscilações do Palmeiras, afirmou que a equipe precisa ter vergonha na cara. E disse “Temos que encarar todos os jogos com seriedade não importa quem enfrentarmos e aonde for a partida. Os atletas têm que saber que oscilam muito em alguns jogos e precisamos melhorar isso”.
Com esse quadro apresentado e as declarações de Kleber fica claro que o treinador palmeirense terá muito trabalho no segundo turno da competição para obter o seu objetivo, que é a classificação para a Taça Libertadores da América em 2011, até porque Felipão já descartou a possibilidade de conquistar o título de Campeão Brasileiro nesta temporada. Talvez o treinador deva focar o seu trabalho mais como um psiquiatra para a cura do transtorno, do que como um estrategista do futebol com esquemas táticos mirabolantes. Mas de qualquer forma qualquer falha ligada a falta de vergonha na cara como denominou o Kleber é lamentável dentro de uma equipe profissional.