Amigo blogonauta, ouvinte do NovaEsportes, outro dia, eu assisti em debates televisivos, se há uma fórmula pronta ou não para a conquista do Campeonato Brasileiro, no formato atual. Pouco mais de 2/3 de campeonato já disputado, sete anos com este formato e cinco campeões diferentes (Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Santos e São Paulo, não necessariamente nesta ordem), sendo um deles por três vezes consecutivas, vencedor da competição.
Oscilações em um campeonato deste formato são naturais? Regularidade realmente faz um time campeão? É interessante considerarmos alguns aspectos antes de chegarmos a uma conclusão mais bem elaborada sobre o tema, que podem responder a estas questões centrais: elenco (qualificado, estrelado, jovem ou experiente) treinador (currículo extenso ou um mero “interino”), planejamento (montado ou na base do vamos que vamos) ganhar todas em casa e empatar a maioria fora, ou ter muitos empates, poucas derrotas e algumas vitórias a mais? Enfim, como pode se ver são muitos os ingredientes da receita que podem fazer de um time, o grande campeão.
Vamos a exemplos mais recentes, de 2008 para cá. O Grêmio foi líder por quase toda a competição de duas temporadas atrás, com um time de “refugos” de outras equipes, um grupo sem muito brilho individual, um técnico de boas largadas, Celso Roth, sem deixar títulos ao final dos trabalhos, seguido de perto por Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo até os momentos finais.
De repente, o São Paulo, com um treinador determinado, Muricy Ramalho, uma estrutura bem montada que inclui CT, Reffis, diretoria atuante, presidente centralizador, enfim, um “exemplo” aos outros clubes, com toda sua tradição, entrega dos jogadores, um elenco modesto, porém comprometido com um único objetivo: ser tri-campeão brasileiro marca inédita para o clube em sua história, e também nesta competição, acabou ficando com o título.
2009, o Palmeiras, liderava a competição e nas últimas rodadas viu a primeira colocação se esvair pelos dedos, tendo contratado o melhor treinador do Brasil à época, o tricampeão Muricy Ramalho, mantendo a base de seus principais jogadores como Pierre, Diego Souza e Cleiton Xavier e ter trazido mais um “ídolo” formado nas categorias de base do Verdão, o atacante Vagner Love, nada disso foi suficiente para o penta do Verdão.
O que aconteceu? O Flamengo, a exemplo do São Paulo, teve uma reação surpreendente no 2º turno e com um treinador “interino” Andrade, destaque nas conquistas brasileiras da equipe nos tempos como jogador e o goleiro Bruno, nos dias atuais, detido pelo sumiço e possível assassinato de Eliza Samúdio, o atacante Adriano, cercado de polêmicas pelo tráfico de drogas e problemas com a namorada, além de Petkovic, ídolo da nação rubro-negra e com uma dívida enorme em termos financeiros com o clube. Nesta guerra de talento, egos, e falta de experiência do comandante, a nação ganhou de presente a alegria do hexa (ou seria penta?) campeonato brasileiro.
Nesse ano, Fluminense e Corinthians travam ponto a ponto a briga pelo título, acompanhados de Cruzeiro, que costuma brigar pelas primeiras colocações e Internacional, atual (bi) campeão da Libertadores da América. Eu entendo que o título, dificilmente sai das mãos de uma destas equipes. Pelo restante da tabela, da 27ª rodada em diante e com Inter e Corinthians tendo jogos a mais para cumprir, eu entendo que o time da capital paulista é ligeiramente favorito para ficar com a Taça. Ou estaria enganado? Qual a sua opinião? Em dezembro, a resposta. A fórmula campeã!