Por Fábio Sinegaglia
O esporte tem uma questão polêmica: Qual é a função da estatística nos esportes? Ou ainda; Será que serve os números no esporte? Claro que temos aqueles que defendem com unhas e dentes tudo a respeito da inclusão dos números no esporte, outros dizem que isso é uma grande bobagem, e não serva para nada. Eu particularmente creio que os números são bons argumentos para estudos e comparações, porém, todos os números são derrubados por um lance genial, por um momento impar ou algo que foge do padrão.
Porém no próximo domingo no GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, a Fórmula 1 conhecerá um numero fantástico, e que certamente demorará décadas para ser superado. O fato é que o brasileiro Rubens Barrichello chegará ao seu GP de número 300. Assim Rubinho deixará numericamente a sua história registrada na F1, para termos uma idéia do que é 300 GPs, o segundo piloto que mais disputou GPS é Ricardo Patrese da Itália com 256 corridas, se somarmos os 161 GPs disputados por Ayrton Senna com os 144 realizados por Emerson Fittipaldi, totalizamos 305 provas, ou seja, até o final de 2010 Rubinho ultrapassará a soma de GPs disputados destes dois gênios do automobilismo brasileiro.
Para atingir esse número fantástico, Rubinho careceu, estar 17 anos na Fórmula 1, a sua estréia na categoria se deu no dia 14 de Março de 1993, aos 21 anos, no GP da África do Sul, nestas quase duas décadas o piloto brasileiro defendeu as seguintes equipes: Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn GP e Williams. Nestas 300 provas Rubinho venceu onze, sendo nove com a Ferrari e as outras duas com as Brawn GP.
Rubinho certamente foi criticado por muitos, inclusive eu, na sua ida para a Ferrari em 2000, ele fez uma escolha que comprometeu muito a sua carreira, pois na escolha ele deixou de ser um piloto que buscaria vitórias pela Ferrari e passou a ser um fiel escudeiro de Michael Shumacher. (Fato que a Ferrari repete com Massa e Alonso em 2010).
Mas o que fica de positivo de Rubinho é sempre acreditar que o melhor está por vir, sempre confiante em grandes momentos em sua carreira. Parabéns Rubinho! Trezentos GPs não é para qualquer um, ou melhor, é para você e pra mais ninguém.